Sabe aquele dia em que seu time não joga o fino da bola, mas vence? Pois foi o que aconteceu com o São Paulo. A exibição diante do Vitória não entraria em antologia de shows tricolores. Porém, os 2 a 0 serviram para o gasto e para mais três pontos. Com 13, o time está na parte de cima da classificação do Brasileiro.
Edgardo Bauza mandou a campo a enésima formação diferente desde que chegou ao Morumbi. O argentino preferiu deixar na reserva Michel Bastos, recuperado de contusão, além de Ganso e Rodrigo Caio, que voltaram da fracassada aventura da seleção na Copa América. Mas contou com Calleri no ataque, além de outros titulares.
A equipe não funcionou no primeiro tempo, teve quase um apagão como a luz no estádio. O Vitória se propôs a jogar fechado – e conseguiu. Não deu espaços para os são-paulinos e, em lances esporádicos, até levou alguma preocupação. Se a estratégia era a de garantir empate, a turma de Vagner Mancini seguiu o roteiro à risca.
A vida do São Paulo mudou no segundo tempo, não por acaso quando Bauza colocou Michel Bastos e Ganso em campo, nas vagas de Centurión e Auro. Centurión saiu bravo pra chuchu, e não é dos que se sentem mais confortáveis com a situação. Problema para ele resolver com o treinador.
O São Paulo melhorou, sobretudo com os toques precisos de Ganso, mas encontrava resistência do Vitória e pouco arriscava a gol. Até que, num cruzamento da esquerda, Calleri apareceu para fazer 1 a 0, já perto do encerramento. Comemorou sem camisa, para mostrar camiseta com imagem do amigo recentemente falecido em acidente…. e tomou amarelo. Numa dessas regras absurdas do futebol.
A vantagem desmontou o Vitória. E o segundo gol, de Lugano, veio só para consolidar o resultado. O São Paulo não permitiu que a zebra passeasse, como na partida diante do Atlético-PR, e sobe na tabela. Mais do que isso, acelera o ritmo para a retomada da Libertadores, no mês que vem.
O Vitória patina na parte do meio para baixo da tabela. Bom ficar ligado logo.