O clássico paulista da tarde deste domingo, na Vila Belmiro, era visto como tira-gosto para a final da Copa do Brasil. E, se a provinha valer, os santistas podem preparar-se para a festa, pois no momento estão acima dos palmeirenses. Isso ficou claro não só no placar – vitória por 2 a 1 –, mas na postura de ambos em campo: um joga com facilidade, o outro não sabe o que quer.
Pode não ter sido uma partida intensa, apesar de alguns lances tensos, mas foi interessante como avaliação do estágio em que se encontram as equipes finalistas da Copa. E o Santos mostrou, outra vez, que mantém a subida que começou com a chegada de Dorival Júnior. Teve facilidade para criar, confundiu o Palmeiras com trocas de posição e de passes, chutou a gol.
Esteve tão à vontade que alcançou a vantagem quando quis, e veio na forma de gol de Thiago Maia, aos 27 minutos, após jogada bem armada e com participação de Zeca, pelo lado esquerdo. Aos palmeirenses, restou o esboço de reação com uma bola na trave, pouco antes do intervalo. Só que o Santos também carimbou a trave.
No segundo tempo, o Santos nem deu tempo para os palestrinos se reorganizarem e ampliou aos 4, com Ricardo Oliveira, o veterano e artilheiro do Brasileiro, agora com 20 gols. Daí, percebeu que a tarefa estava cumprida e tirou o pé, como havia feito no meio da semana com o São Paulo. O gol de Dudu não alterou o rumo da partida.
O que se vê, hoje, é o óbvio: o Santos esbanja confiança e autoridade, o Palmeiras abusa da oscilação e da tensão. Até os jogos finais, nos dias 25 deste mês e 2 de dezembro, pode ser que o panorama mude. Mas, se prevalecer a lógica… haja sofrimento para os palmeirenses, que estão saindo também da briga pelo G-4.